Entrevista do governador Aécio Neves
Evento: Inauguração da expansão da fábrica da Cargill
Assuntos: Agronegócio, atração de investimentos privados e Fazenda Experimental da Epamig
Expansão da unidade da Cargill e atração de investimentos para Minas Gerais.
Parceiro do desenvolvimento de Minas, em especial dessa região, desde a década de 70 e, na verdade, ela faz uma aposta na expansão não apenas mineira como nacional, em especial mineira. Certamente, há um impacto positivo. Significa que nós estaremos, inclusive, apoiando os produtores que serão demandados agora pela nova unidade para que ampliem a sua produção, haverá naturalmente um crescimento também no setor de transportes, a partir da necessidade de escoamento maior. Cabe ao Estado estar garantindo investimentos em infraestrutura, sobretudo, na qualidade das nossas estradas, que é fundamental para garantir o custo adequado a esse frete.
Então, há uma sinergia muito grande entre aqueles que empreendem em Minas Gerais e a ação do Estado. No Estado, não fazemos investimentos que geram renda e emprego, isso é uma responsabilidade do setor privado. Cabe ao Estado ter um modelo de gestão que seja eficiente, desburocratizado e com uma relação estreita com aqueles que empreendem em Minas Gerais. Não tenho dúvida que empreendimentos como esse ocorrem em razão da relação de confiança que existe do setor privado com o setor público em Minas Gerais, mais do que isto, até pela importância da Cargill, no momento em que faz investimentos como esse, ela faz uma aposta e acredito que essa aposta sinaliza para outros setores para caminhar na mesma direção.
Eu vejo Minas Gerais vivendo um extraordinário momento no que diz respeito ao desenvolvimento econômico. Nesses sete anos, foram R$ 220 bilhões de novos investimentos em Minas Gerais. Nós encerramos aquele capítulo da fuga de empresas. Estamos iniciando o retorno de novas empresas e até pela logística do Estado, em Uberlândia talvez seja o mais bem acabado exemplo disso, nós estamos em seguida inaugurando esse Entreposto da Zona Franca de Manaus.
Minas vive um processo virtuoso de crescimento e dentro de alguns anos, se não houver interrupção desse planejamento, será certamente o estado que mais vai crescer, que mais investimentos de fora vai receber, até porque já há um gargalo, por exemplo, no Estado de São Paulo para receber investimentos importantes como esse.
Fazenda Experimental da Epamig.
A prefeitura doou uma área muito expressiva e vamos criar aqui em Uberlândia um centro de tecnologia, de pesquisa, exatamente para dar ao produtor rural, ao produtor agrícola, o apoio que ele precisa ter para ter maior produtividade, menos custos, novas tecnologias. Então, será um apoio muito importante também aos novos parceiros que a Cargill haverá de ter e até os atuais parceiros e, obviamente, também de outras empresas. Acho que para uma região que tem, no conjunto de sua atividade econômica, uma presença forte do agronegócio, esse centro de pesquisa e de alta tecnologia vai significar um tempo novo de parceria com aqueles que empreendem, portanto, com os produtores rurais, em especial, os produtores agrícolas de Minas. E a partir de hoje, já começa a ser implementado.
Além da fazenda da Epamig, quais outras medidas concretas para os produtores?
Essa é uma ação absolutamente concreta que vai possibilitar, através da pesquisa, garantir maior produtividade aos parceiros, não apenas da Cargill, mas de outras empresas que atuam no setor, ao conjunto de investimentos que estão sendo feitos no Estado e no Triângulo Mineiro de infraestrutura para escoamento da produção.
Minas Gerais tinha, quando nós assumimos o governo – acho que esse dado é relevante – 225 cidades, uma delas até na região que não tinha ligação asfáltica. Algumas delas, de 100 quilômetros ou mais de 100 quilômetros e passando aqui pelo Alto Paranaíba, pelo Noroeste, muitas delas até no Triângulo. Das 225, 219 eram MGs, portanto, estradas de responsabilidade do Governo Estadual, seis de responsabilidade do Governo Federal. Nós entregaremos, até o final desse governo, 219 cidades ligadas por asfalto, 100% das estradas sob responsabilidade do Governo do Estado. Infelizmente, as seis, pequenos trechos, ressalvo, de responsabilidade do Governo Federal, não foram sequer tocadas durante todo esse período, por mais que nós tenhamos nos empenhado pessoalmente com o Governo Federal, com o próprio presidente da República.
Enfim, eu falo isso, porque não há nada, para quem produz no campo, mais importante do que condições adequadas de escoamento dessa produção. Além disso, o Banco de Desenvolvimento do Estado tem linhas específicas que apoiam o produtor rural, na verdade, para capital de giro ou para novos investimentos, também nas suas propriedades.
Além disso, nós temos, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, também instrumentos, estrutura de apoio, de orientação ao produtor rural. Portanto, eu acho que o Governo do Estado, no limite das suas condições, avançou muito, inclusive nessa região, e é importante que essa parceria muito sólida que existe hoje entre a Prefeitura Municipal e o Governo do Estado, atinja também o Governo Federal.
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