sábado, 3 de setembro de 2016

O "Jeito Brasil" que precisa mudar

A tal lei que "regulamenta" o serviço de coleta seletiva em Uberlândia não faz nenhum esforço em acabar com a "profissão" de catador e ainda burocratiza o processo.

Não cabe aqui nenhum demérito aos que participaram do processo de construção e aprovação da lei. É importante que se dê passos, mas também é importante que não se limite as soluções às nossas deficiências sociais.

1: A coleta deveria ser feita em supermercados e devidamente remunerada, como acontece na Alemanha, só para citar um exemplo.

2: O hoje catador passaria por capacitação para trabalhar na indústria de transformação e aí sim ser melhor remunerado e ter direitos trabalhistas e condições salubres de trabalho. A reciclagem, assim como o café e o ferro, vendidos "in natura" remuneram mal. Quem ganha mesmo é o atravessador e a ponta final com o produto resultante acabado. Mais longe ainda, capacitar o catador para que ele seja manufaturador, através de cooperativas ou associações.

3: O bolso é o melhor pedagogo que existe. Conscientizar a população pelo bolso, infinitamente mais rápido e eficaz. (vide ítem 1)

4: Como no Brasil temos essa dificuldade em "fazer direito" o que dá muito mais trabalho, o de "qualquer jeito" continua sendo o tom das atitudes. Atente na matéria (G1 - link abaixo) para o último ítem "O que muda" - Nada muda, o processo ganha mais interferências.

5: É por absoluta falta de padronização e organização que continuamos essa colcha de retalhos. (Veja por exemplo o vídeo do Japão - link abaixo)

6: Ainda cria atribuições a órgãos e reafirma que o catador permaneça nessa condição. Em nenhum momento se incentiva o livre mercado.

7: A reciclagem na Alemanha tem regras, mas é questão de organizar :D 

8: E no Japão também.

E leia a notícia abaixo:


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