Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) atendem, atualmente, cerca de 160 pessoas com dependência em álcool e outras drogas. Outros 50 fazem parte do Programa de Tabagismo. Os pacientes apresentam problemas clínicos, psicológicos e sociais por causa do uso das drogas. Todos passam por tratamentos terapêuticos, reabilitadores e preventivos. O atendimento é diário, das 8h às 21h e é feito nos bairros Tibery e Luizote de Freitas. A maioria é encaminhada pelos Programas de Saúde da Família (PSF), Centros de Saúde (UBS), Unidade de Atendimento Integrado (UAI) e pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
O CAPS AD do bairro Tibery atende os setores leste, norte e centro. O CAPS AD do bairro Luizote, os setores oeste e sul. O trabalho nesta unidade é feito em parceria com a UFU.
São oferecidos atendimentos individuais e em grupos, para pacientes e família, atividades de reinserção social e profissional, visitas domiciliares e atividades sócio - educativos. A equipe é formada por psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, pedagoga, enfermeira, clínico geral e técnicos de enfermagem.
Segundo Elaine Bordini Villar, coordenadora do CAPS do bairro Tibery, os pacientes atendidos no CAPS AD passam por avaliação com um clínico geral. "Num primeiro momento, esse profissional avalia as condições clínicas do paciente, pede exames laboratoriais e verifica a necessidade ou não de uso de medicação. Todos são avaliados pelo psiquiatra ao longo do tratamento. As decisões são tomadas em conjunto, através das discussões dos casos. O usuário pode começar o tratamento mesmo usando a droga e aos poucos ele será estimulado a redução do uso", explica.
Elaine Villar esclarece que algumas famílias querem resolver o problema. "Muitas estão cansadas, e internam o dependente em qualquer clínica. Não buscam informações e nem referências".
Diante dessa realidade, a Coordenação de Saúde Mental e a Promotoria Especializada da Saúde elaboraram algumas dicas para ajudar as famílias na escolha de um tratamento. "Em primeiro lugar: a pessoa precisa querer fazer o tratamento. Internações involuntárias em Comunidades Terapêuticas e supostas clínicas de contenção, é considerado crime. Nem a família pode obrigar ou autorizar a internação contra a vontade do doente", informou o Coordenador de Saúde Mental, Christiano Mendes de Lima.
Ele explicou ainda que se a pessoa estiver em estado de intoxicação aguda por álcool e outras drogas e, em decorrência disto, represente perigo para si ou para os outros, pode ser contida em estrutura hospitalar durante o período em que tal risco estiver caracterizado. "No caso específico da rede SUS de Uberlândia, este tipo de internação só pode ser feita nas UAIs e no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia".
O coordenador também esclareceu que nenhuma Comunidade Terapêutica pode impedir ou limitar o contato entre o interno e seus familiares. "A família pode ter acesso, a qualquer tempo e hora, ao familiar internado. Não há justificativa técnica para impedir o contato entre familiares e internos. Não é possível aceitar argumentos de que isto seria necessário para o tratamento", frisou Christiano Mendes de Lima.
E mais um alerta: durante a visita, o parente tem liberdade para conversar com o paciente que está internado, sem a presença de empregados das Comunidades Terapêuticas. "Desconfie se a linguagem utilizada em cartas não for a que usualmente é usada por seu familiar, se as ligações telefônicas forem cortadas no meio da conversa, como se a ligação tivesse sido interrompida por um acidente ou problema na rede telefônica, se durante as visitas o familiar internado permanecer muito calado", destaca. Christiano Lima também chama a atenção para machucados ou hematomas, que podem ser sinais de maus tratos. "Desconfie se a Comunidade Terapêutica procurar invalidar a fala do interno a partir do argumento de que "drogados" dizem mentiras e são manipuladores, se o familiar internado estiver muito pálido, emagrecido, sonolento, confuso, pois isto pode ser indício de maus tratos e uso indevido de medicamentos".
Denúncias podem ser feitas na Coordenação de Saúde Mental (avenida João Naves de Ávila, 2202 – sala 202) ou na Promotoria Especializada da Saúde (Rua Ortízio Borges, 196 – Bairro Santa Mônica).
CAPS-AD - avenida Frederico Tibery, 1.042, bairro Tibery
(34) 3226-2276 / (34) 3227-8583
CAPS-AD - rua Genarino Casabona, 826, bairro Luizote de Freitas
(34) 3239-4865
Alitéia Milagre
Secom PMU
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