Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que existem no mundo mais de 20 milhões de cegos, sendo que 2/3 destes casos podem ser prevenidos. De olho nestes números, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou no início de junho, o Projeto de Lei 874/03, do deputado Gilmar Machado (PT-MG), que torna obrigatório o exame do fundo de olho em recém-nascidos, conhecido como "teste do olhinho". O projeto foi aprovado em caráter conclusivo e, se não houver recurso, seguirá para o Senado.
O exame
O teste do olhinho já é praticado há algum tempo mesmo não tendo obrigatoriedade por lei. O exame é importante em recém nascidos, pois pode detectar doenças como o retinoblastoma (um agressivo e raro câncer ocular infantil), a catarata congênita, o glaucoma congênito, infecção do olho e alterações de retina. É considerado simples e pode representar a preservação da visão de crianças que, no caso de retinoblastoma, só teriam o problema diagnosticado em uma fase mais avançada da doença, quando as medidas terapêuticas não teriam tanta eficácia. Os pediatras atualizados fazem esse exame e se detectado alguma alteração a criança é encaminhada ao oftalmologista.
Segundo a oftalmologista do HCO – Centro Completo de Oftalmologia, Tatiana Contri, as mães podem ficar tranquilas com relação ao teste do olhinho, pois é rápido, sem dor e não faz uso de colírio. "Uma fonte de luz sai de um aparelho chamado oftalmoscópio, tipo uma "lanterninha", onde é observado o reflexo que vem das pupilas. Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho. Já quando há alguma alteração, não é possível observar o reflexo ou sua qualidade é ruim, esbranquiçada", explica a oftalmologista. "A comparação dos reflexos dos dois olhos também fornece informações importantes, como diferenças de grau entre olhos ou o estrabismo", completa.
Ainda de acordo com especialistas, se a criança for prematura, o teste do olhinho é ainda mais importante, pois 30% dos bebês que nascem com menos de 40 semanas ainda não têm os vasos sanguíneos da retina formados. "A retina é onde se compõe a visão e quando a retina não está totalmente formada, fatores apresentados pelas crianças prematuras podem dar origem a Retinopatia da Prematuridade", alerta a médica.
Segundo o projeto, o exame será realizado no berçário e se detectada alguma doença o médico deverá encaminhar a criança para tratamento. O exame deve ser realizado em hospitais públicos e particulares e estabelece um prazo de 30 dias para que as cirurgias de catarata congênita sejam realizadas.
Fernanda Beraldo
Serifa Comunicação - Assessoria de Imprensa – HCO – Centro Completo de Oftalmologia
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