Fala-se muito sobre reciclagem de lixo nos dias atuais, entretanto, pouco se refere ao destino do lixo tóxico. É sabido que a lâmpada fluorescente, por exemplo, quando indiscriminadamente descartada, libera componentes tóxicos, já que na sua constituição usa metais como o mercúrio, que contaminam o solo, lençóis freáticos, e, direta ou indiretamente, o ser humano. Uma única delas é capaz de tornar não potável cerca de 20 mil litros de água.
Levando em consideração estas e outras observações, a vereadora e membro da Comissão de Direitos Humanos, Sociais e do Consumidor, Liza Prado, protocolou na Câmara Municipal de Uberlândia, projeto de lei que torna obrigatório que os estabelecimentos de Uberlândia que comercializam lâmpadas fluorescentes, disponibilizem lixeira para a coleta das mesmas, quando descartadas ou inutilizadas.
Os recipientes destinados à coleta, deverão ser instalados em locais visíveis, contendo dizeres que alertem e despertem a conscientização do usuário sobre a importância e necessidade do correto fim dos produtos e os riscos que oferecem à saúde e ao meio ambiente, quando não tratados com a devida correção.
Com a inovação das lâmpadas fluorescentes de diversos modelos, as incandescentes perdem terreno a cada dia. Segundo a Associção Brasileira de Iluminação (Abilux) 48,5 milhões de lâmpadas contendo mercúrio são produzidas no Brasil a cada ano. Dessas, 32 milhões são fluorescentes.
A lâmpada fluorescente foi inventada em 1938 e é responsável por 70% da luz artificial hoje presente no mundo. Elas têm eficiência luminosa de 3 a 6 vezes superior às outras lâmpadas e possuem vida útil de 4 a 15 vezes mais longa. Mas o que chegou como solução para a economia virou problema para o meio ambiente.
Existem pelo menos doze elementos nas lâmpadas que podem causar impactos negativos ao meio ambiente, porém, o maior vilão é mesmo o mercúrio, que é uma substância que, em condições normais, transforma-se rapidamente em gás. Cerca de 99% dos elementos das lâmpadas são materiais facilmente recicláveis: o mercúrio pode ser reutilizado na fabricação de novas lâmpadas e termômetros; o vidro pode servir na fabricação de contêiner, além de poder ser misturado ao asfalto; e o alumínio, que tem múltiplas reutilizações.
Liza Prado
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