Todo ano, cerca de 80 animais passam pelo PSV para realizar o tratamento
O Pronto Socorro Veterinário (PSV) recebe diversos pacientes com doenças renais. Assim como humanos, os cães sofrem com infecções urinárias, cálculos e insuficiência renal. Quando o problema se agrava, a única alternativa é a diálise.
De acordo com a veterinária Sílvia Molnár, a diálise é indicada quando os rins funcionam menos que 10% e com isso a quantidade de toxina acumulada é extremamente prejudicial ao organismo. “Nesse momento, o organismo já não responde a outros procedimentos menos invasivos. Para chegarmos a essa conclusão, são necessários uma série de exames, como dosagem sérica de ureia e creatinina, relação proteína/creatinina urinária e ultrassom, entre outros exames”, explicou a veterinária.
Antes de iniciar o procedimento, o animal recebe um cateter próprio para a diálise no abdômen. A veterinária explica que é por esse cateter que a solução de diálise entra e sai do organismo. “Essa solução é purificadora, ou seja, os líquidos, resíduos e substâncias químicas saem dos vasos sanguíneos do peritônio e vão para essa solução. Após um período, essa solução é retirada, levando consigo os resíduos do sangue”, contou Sílvia Molnár.
É importante destacar que a diálise não é um tratamento que vai curar o animal. O procedimento serve para desintoxicar o organismo e dar mais tempo para que ele reaja ao tratamento proposto. “É muito importante que os donos fiquem atentos aos seus animais e procurem um veterinário sempre que houver algo errado. Muitos costumam medicar os pets por conta própria e a automedicação é tão prejudicial aos animais quanto aos humanos. O uso excessivo de medicamentos é uma das causas da lesão renal”, disse Sílvia Molnár
A veterinária afirma que não existem raças mais propensas a ter lesões renais graves que levem a diálise. É preciso levar em consideração problemas congênitos, doença renal aguda e lesões causadas por desgaste e/ou idade no caso da doença renal crônica. “Como observamos com o aumento da expectativa de vida dos nossos amigos pets, a doença renal crônica se tornou cada vez mais comum. Os donos precisam ficar de olho e qualquer sinal de alerta, procurar sempre um veterinário”, finalizou.
Fabiana Barcelos | Ares
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