Prefeitura de Uberlândia orienta: atenção da comunidade deve ser redobrada nesta época do ano
Araípedes Luz | SecomPMU |
Com a chegada das chuvas nos últimos dias, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) redobra as ações periódicas e reforça com a comunidade a importância de continuar eliminando os criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Segundo o coordenador do Programa de Controle da Dengue, José Humberto Arruda, o cuidado precisa ser diário, principalmente neste período. “Esse ambiente úmido é propício para a reprodução do mosquito. Não podemos descuidar, principalmente com essa quantidade de chuvas na nossa cidade. Estamos trabalhando diariamente, realizando nossas atividades de controle e combate, mas a população também precisa fazer sua parte eliminando os possíveis criadouros que ficam dentro de casa”, apontou.
O alerta do coordenador é porque o último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado em outubro, apontou que os principais focos estavam mais uma vez nos domicílios. Dos criadouros encontrados nas residências, 83% estavam nos quintais e corredores, enquanto 17% foram encontrados em salas, cozinhas e banheiros (principalmente em vasos sanitários).
Resultado
O trabalho dos agentes comunitários de saúde do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) junto à comunidade é diário. São realizadas visitas a casas e pontos estratégicos, ações de bloqueio, retirada de pneus, entre outros. Ações que nestes dez meses de trabalho resultaram numa queda de 82% nos casos de dengue e 89% nos de chikungunya.
A redução nos casos, conforme explicou Arruda, é reflexo do trabalho diário e também do envolvimento de todos. “Tivemos apoio de empresas, associação de moradores, instituições diversas, da população em geral, bem como da participação efetiva da Atenção Primária, com os agentes comunitários de saúde. Precisamos continuar com essa conscientização para evitarmos novos casos”, salientou.
Um dos trabalhos que contribuíram para a queda foi a retomada da ação de bloqueio, logo em janeiro. O trabalho é realizado em bairros que tiveram casos suspeitos das doenças transmitidas pelo Aedes.
Ainda em janeiro, o CCZ reestruturou o trabalho em pontos estratégicos, com visitas quinzenais aos ferros-velhos e coleta de pneus nas borracharias da cidade. Além disso, realizou o descarte ambientalmente correto de 43 mil pneus que estavam depositados de forma inadequada no Ecoponto do Distrito Industrial. Com o trabalho permanente, o CCZ contabilizou 120 mil pneus recolhidos nas mais de 600 borracharias cadastradas no primeiro semestre.
Também foram intensificadas as visitas nos imóveis fechados para aluguel ou venda após uma parceria com as imobiliárias do município e o acompanhamento e inserção do peixe lebiste, que é a melhor solução para eliminação das larvas do Aedes em locais que não podem ser tratados com larvicidas, como piscinas, fontes, tanques de decantação e outros.
Ajuda da população
Mesmo com ações diárias e intensificadas no município, qualquer descuido pode ser fatal. Por isso, José Humberto Arruda pede o apoio de todos. “Agora é a hora de nos unirmos. É preciso ficar atento a qualquer objeto nos quintais que possam ser criadouro, além daqueles dentro das casas, como vasos de plantas, bebedouro dos animais. Os agentes estão fazendo as visitas, eliminando e orientando sobre os locais que podem ser abrigo para o Aedes, mas a comunidade precisa dar sequência nessa vigilância”.
O coordenador do Progama de Combate da Dengue reforçou que se o morador tiver qualquer dúvida, pode ligar no Centro de Controle de Zoonoses. O telefone é: (34) 3213-1470.
Confira as ações permanentes do Programa de Controle da Dengue
- Visitas a residências nos bairros mais infestados, conforme informou pesquisa do LIRAa;
- Coleta de pneus nas borracharias cadastradas. Já foram mais de 200 mil coletados neste ano;
- Inserção do peixe lebiste em pontos específicos, sendo cerca de 600 locais atendidos e monitorados;
- Parceria junto com as imobiliárias para realização de visitas aos imóveis para venda e aluguel;
- Visita aos imóveis em abandono e terrenos baldios;
- Visita quinzenal aos pontos estratégicos, como ferros-velhos;
- Ação de bloqueio com uso de larvicida e adulticida em bairros que tiveram casos suspeitos das doenças levadas pelo Aedes aegypti;
- Palestras em empresas e escolas para orientação sobre as doenças transmitidas pelo Aedes;
- Parceria junto ao programa saúde da família, da atenção primária;
- Atendimento aos chamados por telefone denunciando e informando sobre possíveis criadouros e,
- Monitoramento dos pontos de ônibus e bueiros para verificar possíveis criadouros do mosquito.
Hismênia Keller | Secom PMU