quarta-feira, 8 de junho de 2011

Atendimentos ágeis são possíveis com classificação de risco

Além de trabalhar na consolidação de seu maior equipamento de saúde, o Hospital e Maternidade Municipal Dr. Odelmo Leão Carneiro Sobrinho, a Prefeitura de Uberlândia investe nas unidades que compõem a base de atendimento à população. Uma das principais ações desenvolvidas atualmente é a capacitação de profissionais para otimizar a aplicação da classificação de risco.  

No curso Formação de Triadores, médicos e enfermeiros de várias unidades da Rede Municipal aprendem a classificar o nível de gravidade da situação clínica de saúde de cada paciente para determinar a prioridade de atendimento. Assim, é possível agilizar o encaminhamento dos usuários durante o acolhimento nas unidades. Até o momento, já foram capacitados mais de 260 profissionais.

"A classificação de risco existe na Rede Municipal de Saúde desde 2006 e de lá para cá o procedimento foi aprimorado. Com a migração para o Protocolo de Manchester, no final de 2010, achamos necessário preparar nossos médicos e enfermeiros para fazer um atendimento ainda mais ágil e humanizado em todas as unidades de saúde, seja numa UAI ou num PSF. É um investimento no potencial desses servidores e no bem-estar do povo", disse o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão.

O Protocolo de Manchester é uma metodologia de trabalho implantada em Manchester, na Inglaterra, em 1997. Vários outros países europeus, como Portugal, Suécia, Holanda e Espanha, também adotaram o sistema de triagem de pacientes. No Brasil, Minas Gerais foi o Estado pioneiro na implantação oficial do protocolo. 

O atendimento pelo protocolo de classificação de risco é definido conforme a anotação feita por cores no prontuário do usuário: vermelha para casos gravíssimos (necessidade de atendimento imediato); laranja para casos graves (atendimento em até 10 minutos), amarela para casos de gravidade moderada (necessidade de atendimento médico sem risco imediato); verde para casos pouco urgentes, que podem ser atendidos preferencialmente nas unidades de atenção primária; e azul para casos de atendimentos não urgentes, que podem ser agendados na unidade de saúde mais próxima da residência do usuário.

Depois que o protocolo foi implantado pela Prefeitura de Uberlândia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem conseguido redimensionar o fluxo de usuários nas portas de entrada da rede. Em 2006, o índice de encaminhamento de pacientes para pronto-atendimento era de 58,31%. Já em 2011, o índice passou para 47,79%. As consultas básicas, por sua vez, passaram de 31,46% em 2006 para 37,62% neste ano.

A expectativa é aumentar a quantidade de consultas na atenção primária, com o direcionamento de pacientes de casos não urgentes para os Programas de Saúde da Família (PSF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS). Nesses locais, os usuários são orientados a adotar hábitos de vida mais saudáveis para evitar e controlar a obesidade, o diabetes, a hipertensão e outros problemas que, se forem tratados, podem reduzir o risco de complicações que demandam pronto-atendimento.

Com a experiência da SMS na utilização do protocolo de classificação de risco, Uberlândia se tornou uma referência para outros Estados brasileiros interessados também em implementar o procedimento. Representantes de diversas Secretarias de Saúde já vieram conhecer a rotina de trabalho na classificação de risco para atendimento à população nas unidades do PSF, UBS e UAI.

A mais recente visita foi feita por representantes das Secretarias de Estado da Saúde da Bahia, de Pernambuco e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Além de conhecer como funciona o acolhimento na rede municipal de saúde pelo Protocolo de Manchester, os profissionais conferiram as instalações do Hospital e Maternidade Municipal, unidade que também é referência em atendimento público hospitalar no País.


Secom PMU   

           

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